No dia 01 de dezembro o mundo todo volta suas atenções para a luta contra a AIDS. Mas o que muita gente não sabe é que uma doença muito similar à síndrome da imunodeficiência adquirida tem contaminado milhões de gatos domésticos.
A AIDS felina, como é conhecida, também não tem cura. No Brasil, não há vacina preventiva e o que é mais grave: os sintomas não costumam ser percebidos antes que seja tarde demais. O contágio só ocorre entre animais da mesma espécie, por isso, um gato não pode transmitir a pessoas, nem a cães.
A AIDS felina é transmitida principalmente por mordidas em coitos ou brigas entre gatos. Animais que têm acesso à rua estão mais propensos a se infectar, principalmente machos que costumam brigar pelo território ou indivíduos não castrados em busca de fêmeas para procriação. Gatas infectadas durante a gestação podem transmitir aos fetos ou pela amamentação aos filhotes, embora não seja frequente. Outra possibilidade já comprovada é o contato próximo entre gatos por longo tempo, mesmo que pacificamente.
Os sintomas são bem parecidos com os da maioria das doenças que acometem gatos. Por isso, em geral, passam despercebidos. No geral, o bicho para de comer, se esconde, fica com o pelo ouriçado e com febre persistente. Instintivamente, quando está doente, não importa qual é a enfermidade, o felino fica mais recluso para se proteger. A dica é levar o bichano regularmente ao veterinário para que possa ser feito o exame diagnóstico. O mesmo cuidado vale com felinos que forem adotados da rua e que terão contato com outros gatos em casa.
Já o tratamento é muito diferente do dado às pessoas soropositivas. O certo também seria fazer o uso do coquetel de remédios usado nos pacientes humanos. Porém, os veterinários, pela legislação brasileira, não têm acesso ao coquetel. Por isso, usam uma medicação que tem, como função, melhorar o sistema imunológico.
